sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Respostas autonômicas cardíacas e o envelhecimento

Olá meu nome é Natacha Alves de Oliveira, sou fisioterapeuta. O meu pré- projeto de mestrado visa contribuir com o LANEX através da avaliação das respostas autonômicas em idosos com transtorno depressivo maior e idosos saudáveis.
O sistema nervoso autônomo (SNA) é um sistema motor dividido em vias simpática e parassimpática responsáveis por controlar as funções viscerais do corpo. Essas vias apresentam funções antagônicas, dentre elas o controle do sistema cardiovascular cuja atuação consiste na liberação de neurotransmissores que podem aumentar (norepinefrina) ou diminuir a frequência cardíaca (acetilcolina).
O coração funciona como uma bomba, no entanto seus batimentos não apresentam regularidade, estas alterações da frequência cardíaca são definidas como variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Essas oscilações são normais, esperadas e indicam a habilidade do coração em responder aos estímulos fisiológicos e ambientais (respiração, exercício físico, estresse, sono, mudanças de posturas).
O estudo da VFC é importante, pois fornece um indicador sensível e antecipado de comprometimento da saúde. A baixa variabilidade é freqüentemente um indicador de adaptação anormal do coração aos estímulos e insuficiente do sistema nervoso autonômico (SNA), decorrentes da inibição do nervo vago.
Com envelhecimento da população há uma maior incidência de doenças degenerativas, psiquiátricas e cardíacas. Dentre as doenças psiquiátricas, a Depressão Maior (DM) é a desordem mais comum neste segmento etário. Pacientes depressivos podem apresentar uma redução do controle vagal cardíaco (CVC) e este fator aumenta o risco de mortalidade cardíaca.
A partir destes dados e ao modelo que integra o CVC com o córtex pré-frontal a minha pesquisa pretende tentar responder algumas questões:
Será que idosos com Transtorno Depressivo Maior podem apresentar redução na variabilidade cardíaca quando comparados com idosos saudáveis? Esta diminuição da variabilidade cardíaca pode ser um indicador desse Transtorno? É possível que estas alterações estejam associadas com modificações na atividade cortical?

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