segunda-feira, 28 de março de 2011

Proprioceptive Neuromuscular Facilitation

Olá!

Meu nome é Vivian Corrêa, sou fisioterapeuta graduada pela UFRJ e sou aluna de iniciação científica. No seminário do dia 25 de março de 2011 fiz uma apresentação sobre PNF (Proprioceptive Neuromuscular Facilitation). Com base no livro “PNF in practice”, Terceira edição, 2008, cujos autores são Susan S. Adler, Dominiek Beckers e Math Buck; no artigo de revisão “Proprioceptive Neuromuscular Facilitation Stretching: Mechanisms and Clinical Implications de Melanie J. Sharman, Andrew G. Cresswell e Stephan Riek, publicado em 2006 pela revista Sports Medicine; no artigo “Efect of Proprioceptive  Neuromuscular Facilitation stretch techniques on trained and untrained older adults de Reed Ferber, Denise C. Gravelle e Louis R. Osterning, publicado em 2002 pela revista Journal oj aging and physical activity e no artigo “Efect of Proprioceptive  Neuromuscular Facilitation on the gait of
patients with hemiplegia of long and short duration de Ray Yau Wang, publicado em 1994 pela revista Physical Therapy.
Com base no livro fiz uma breve introdução sobre a definição de PNF, seu histórico, filosofia, princípios e técnicas. PNF é um conceito de tratamento, foi desenvolvido na década de 40 pelo médico Kabat e pela fisioterapeuta Margaret Knott, a partir de pesquisas
do neurofisiologista Charles Sherrington. A fisioterapeuta Dorothy Voss se juntou a equipe em 1953 e em 1956 foi publicado o primeiro livro de PNF, escrito por ela e por Knott. Em 1990 foi criada a IPNFA (International PNF Association) com programas de cursos para instrutores.


Inicialmente o tratamento com PNF era utilizado para pacientes com esclerose múltipla e poliomielite, com a experiência se tornou claro que a abordagem era efetiva tanto para pacientes com sintomas neurológicos com ortopédicos.
A definição do termo PNF consiste em: “Proprioceptive” devido ao estímulo dado aos proprioceptores, “Neuromuscular” pois envolve o aparelho locomotor e “Facilitation” da idéia que todo processo acelera uma resposta, assim tornando fácil a realização de um movimento ou tarefa. Os princípios de aprendizado motor e controle motor fazem parte da
filosofia do PNF, assim como um tratamento com abordagem funcional e considerando o indivíduo como um todo, integrando a parte motora e cognitiva. Resistência, contato manual, estímulo verbal e visual, dentre outros fazem parte dos princípios básicos. Técnicas de relaxamento, como contrair-relaxar e manter-relaxar; de agonistas (que utilizam a mesma cadeia muscular) e de antagonistas (utilizam dois padrões alternados, agonista e antagonista) também compõe o PNF.


Com base no artigo de revisão de Sharman e colaboradores, pode ser observado que a literatura tem mostrado efeitos positivos acerca da terapia com PNF, que esta tem sido posicionada como o meio mais eficaz para ganho de ADM (amplitude de movimento) dentre as técnicas de alongamento, particularmente para ganhos em curto prazo (Sharman et al, 2006). Pode ser observado através do trabalho de Ferber e colaboradores, que idosos saudáveis tiveram aumento da ADM para a extensão do joelho com a intervenção de PNF e no estudo de Wang pode ser visto que pacientes com hemiplegia obtiveram melhora dos parâmetros de marcha (velocidade da marcha e cadência) com a terapia.
Levando em conta o conceito da CIF (Classificação Internacional de funcionalidade, Incapacidade e Saúde) um dos componentes da filosofia do PNF, podemos observar que a terapia com PNF levou a benefícios no nível estrutural (aumento da ADM) e em nível de atividade (melhora da marcha).

Ainda existe a necessidade de mais estudos sobre o conceito, principalmente com relação a
outras patologias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário